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Hoje...

Hoje...

Eu não sou perfeita. Não conheço ninguém que seja. Ninguém que tenha a vida exatamente como sonhou. A minha também não é assim. Eu deixei a minha vida para trás, mudei para outra cidade, e tentei recomeçar. Fiz muitas besteiras. Me arrisquei. Mas hoje, posso dizer que estou bem. Só que ainda não estou feliz. Não estou em casa. Nos últimos tempos em que eu morava com a minha mãe, eu desejava morrer. Não tinha vontade de nada. Não estava bem comigo mesma, nem com a minha família, nem com o meu emprego. Então para que continuar? Por vezes, pedi que Deus me levasse. Mas ele tinha outros planos para mim. Meu pai chamou a bronca para me tirar do buraco. Sou grata a ele. Mas a sensação de "Deus, por favor, me leve" ainda aparece, às vezes. Tem horas que eu penso que não aguento mais. Tem horas que eu penso que aguento, mas não aqui. Que para melhorar, eu preciso voltar para a cidade de onde eu vim. Lá é a minha casa. Aqui é o meu refúgio.

Não acordei legal. Dormi bem. Mas ao levantar, a sensação era de solidão. Mesmo sabendo que não estou, de fato, sozinha. Estive chateada ontem, por conta das coisas que ouvi, com rispidez. Parece que fiz algo errado, para ser tratada assim. Se fosse uma vez ou outra, eu entenderia e levaria numa boa. Mas tem sido frequente. E comecei a reparar que é principalmente, quando meu pai não está perto. O que me faz pensar, que o tratamento, do qual eu considerava normal, talvez não seja real.

Enfim... Isso foi ontem e ficou no meu sistema emocional até agora. Depois ouvi coisas sobre o Chorão, das quais eu não gostei, e tentei falar pouco. Mas estou engasgada. Ainda vou falar muito disso por aqui. Ele é um dos meus ídolos e eu o defenderei sempre, como rezo por sua alma e seu descanso.

Por fim, o egoísmo entrou pela casa e prevaleceu no momento em que eu resolvi estudar. No momento mais oportuno que eu teria no dia. Era música alta, barulho e talz. Ou seja, de 50 questões, consegui fazer duas. As outras 48 se multiplicaram numa raiva que fez minha concentração evaporar. 

É fácil cobrar as pessoas, né? "Ah, vá estudar!", "Vc não estuda, não se esforça...", "Vc só fica namorando e nem faz nada..." ... É o que escuto sempre. Quando eu sento para estudar, invés de me apoiarem, colaborando com o menor barulho possível, resolvem escutar música alta, sem nem ligar para o que eu estou fazendo. Que moral terão para me cobrar alguma coisa. A moral de serem meus pais? De que adianta, se quando eu preciso de ajuda, ninguém colabora? Tem sido complicado. Fico mesmo com vontade de sumir... --'

Parece que está me dando sono. Talvez seja melhor eu tirar um cochilo. Talvez mais tarde, num silêncio absoluto, eu consiga estudar. Mas essa semana, pretendo estudar na faculdade. Estou cansada de egoísmo.