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A minha vida hoje...

A minha vida hoje...

Se um dia lessem tudo que eu escrevo aqui, diriam que sou uma pessoa muito depressiva. Mas a verdade, é que escrever sobre as minhas tristezas, parecem aliviar a dor. Quando estou feliz, não sinto essa necessidade. Mas quando estou mal, escrever parece ser até melhor do que conversar com alguém.

É difícil entender as  pessoas. Como agem e por que. É uma coisa que ser humano nenhum vai conseguir, nem que viva por 1 milhão de anos. Eu sei que tenho meus erros. Sou humana. Não posso evitar. Mas tenho acertos também. Só que dificilmente alguém reconhece. E quando reconhece, sempre coloca uma ressalva.

Eu morei com a minha mãe durante 20 anos. Não fui uma filha perfeita. Mas sei que também não fui ruim. Talvez pudesse ter feito melhor. Mas na época, eu não pensava assim. De qualquer forma, acho que eu nunca recebi um elogio sincero da minha mãe. Algo que ela tenha sentido orgulho e demonstrado isso, com o coração. Eu passei de ano. Mas não porque era inteligente, e sim porque era a minha obrigação. E isso não faz de mim, uma pessoa inteligente. Sim, eu fiquei em 3º lugar no provão da escola. Mas também, tive que passar a noite estudando. Devia ter estudado antes. Mas o fato de eu ter me esforçado para manter o nível que estava na escola, não faz de mim inteligente. Afinal, futuramente, eu seria incapaz de conseguir um emprego numa empresa de auditoria. E foi assim, entre gritos, tapas, medo e pedradas que eu sobrevivi e vim parar aqui. Na casa do meu pai.

Não posso reclamar. Estou bem melhor aqui com ele e com a minha madrasta, do que com a minha mãe. Mas nessa questão de ser capaz ou não, pareço continuar a mesma pessoa. Menos do que quando era com a minha mãe. Mas continua. Meu pai me critica a todo momento. Não pareço merecer um elogia se quer. Se eu receber, vem com ressalva. E se não vier com ressalva, é porque ele está bêbado. Aí não dá nem pra levar em consideração. Além disso, ele é sempre o certo, o ínico que tem direito de reclamar.

E a minha madrasta, que é difícil de entender. Hora está bem, hora está mal. Vive de bico, cara feia, e começo a pensar que seu modo de me tratar muda, conforme a aproximação do meu pai. Pode ser coisa da minha cabe, mas é o que eu tenho reparado. Isso torna o clima em casa péssimo. Aí eu não falo "oi" e a coisa piora. E então, eu fico querendo sumir daqui o mais rápido possível.

Mas infelizmente, ainda não posso...

Não tenho para onde ir. Pelo menos até casar. Casar. Eu tive dúvidas, sim. Muitas. Mas hoje, tudo o que eu queria era estar com a minha namorada. Ela me dá paz, alegria, amor. Me incentiva, não fica apontando meus defeitos a toda hora. É tão bom estar com ela. Nem posso imaginar a minha vida sem ela. Um caminho por onde eu ande só. Acho que eu me perderia num vasto abismo. Espero que ela não esteja com dúvidas. Que ela me ame, como eu a amo. Que ela queira ficar comigo, da mesma forma que eu não vejo minha vida sem ela. Estou com medo de perdê-la. Estou muito insegura. Espero que eu não desanime com o que me propus a fazer. Para melhorar a minha auto estima. Para que eu fiquei mais segura de mim mesma e possa viver tranquilamente com ela. Ela parece ser o único caminho de paz, amor e felicidade para mim. Mais nada me faz sentir isso. Só ela.